sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A vida como ela é

Quando você entra no carro, as malas no porta malas, toda a farofada pronta, mapas sincronizados, liga a "música de viagem", você pensa que logo vai chegar, que logo vai começar a aventura. Bom, a aventura já começou faz tempo. Começou quando você era uma célula fertilizada, que se dividiu algumas vezes, cresceu e tomou forma. Depois de parasitar uns meses resolveu ser independente, cortou o cordão (cortaram) e você abriu os olhos para um mundo novo. E todos os dias você abre os olhos e vê um mundo novo, mas você cresceu e mudou e perdeu a capacidade perceptiva. Na verdade, você se tornou um ordinário ser pensante e, convenhamos, a ignorância é uma bênção. E aí você se vê aos trinta, esperando começar uma aventura que te dê algum sentido para a vida, quando na verdade você já está no meio da sua aventura particular e nem sabe.
E, se você tiver a felicidade de perceber isso, vai compreender que a vida não é exatamente uma aventura, que é mais um fim da conspiração universal, totalmente desprovido de sentido. Isso pode te levar a loucura de querer encontrar o sentido e aí lá estará você perdido, novamente, em busca de alguma coisa que não existe, para preencher um vazio que você inventou, sendo que você poderia apenas fluir junto com todo o universo, como deve ser.
Mas, se não tiver essa felicidade, que me parece mais uma infelicidade quando vista a longo prazo, aí, então, poderá seguir o rumo da espera pelo início da aventura que não começa nunca e morrer esperando, sem ao menos se dar conta disso. Essa alternativa, provavelmente, é a mais alegre ao mesmo tempo em que é, como se possível, ainda mais desprovida de sentido, dentro de toda a falta de sentido que é a vida e a busca pelo sentido das coisas.
E, como acabei inclinada a preencher o seleto grupo de pessoas felizes que percebem e acabam infelizes com tanta falta de sentido, parei de frequentar a igreja (a igreja é uma bênção assim como a ignorância, mas já tomei a pílula vermelha, "bem vindo a matrix") e pude contemplar toda a minha infelicidade até que um dia me vi numa encruzilhada mental sobre o meu destino: uma morte induzida e indolor, uma vida sedada por drogas psicotrópicas ou a materialização de toda a falta de sentido, me tornando um vagabundo que vaga sem documento, sem rumo ("sem lenço nem documento").
Ocorre, meus caros, que eu sou preguiçosa demais para morrer e correr o risco de (se houver vida após a morte) ter de passar pela ignorância, pílula vermelha e etc tudo de novo. Quantos às drogas sejamos francos, descendo de uma merda de uma família pobre, motivo pelo qual estudei igual uma condenada tentando realizar o sonho da mamãe de ter um diploma universitário e depois comecei a trabalhar igual um cachorro, se eu me drogar igual doida onde é que, raios, vou ter dinheiro para comprar mais e mais drogas? Já a opção, até o momento, mais plausível de me tornar um vagabundo, de cara não convém porque (como se não bastasse) nasci mulher e tudo é mais difícil para as mulheres, elas não podem perambular por aí porque é perigoso e eu sou mulher, daquelas pequenas e frágeis, com bracinhos finos que não dão conta nem de socar o pilão.
Resumindo: o fato é que eu estava fadada a infelicidade, sem qualquer opção de mudança. Bem vida a realidade. Pelo menos o fato de você não se encantar com nada e não encontrar o seu lugar ao sol foram explicados e você pode simplesmente continuar vivendo sua vida de não se encantar com nada e de não ter o seu lugar ao sol. Mas pelo menos agora você sabe o porquê.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Bom, eu ando meio enlouquecida com o último ano da facul..
hoje no face achei essa música que uma menina postou e achei muito hilário!
Então, pra descontrair!!!



A música dos estudantes de Direito:

"Sou foda, suas noites esculacho, na sala ou no quarto, te encho de trabalhooo, eu sou o Direito, te afasto dos amigos, te deixo em casa de castigo, e ainda tem o artigo...
Ahh, assustador, um curso interessante, não dá tempo pra amante, muito menos pra ficante...

Mas não se esqueça, não é pra vagabundo, pra poder passar em tudo, tem que esquecer do mundoooo...

Pra te enlouquecer, pra te enlouquecer, quando pensa que acabou tem a prova da OAB, pra te enlouquecer, pra te enlouquecer, quando pensa que acabou tem a prova da OAB...

Quer se enlouquecer? Quer se enlouquecer? Comece a fazer DIREITO que ele acaba com você!!!"

terça-feira, 30 de julho de 2013

OAB Trabalho

Hello, tempos difíceis com muito estudo para a OAB... Mas passei!
então vou colocar aqui algumas dicas para quem vai prestar o exame.

Na verdade eu passei de primeira (fiz a segunda fase em trabalho)

 1- CRONOGRAMA
Não tem como gente, se você está na faculdade como eu o ideal é que monte um cronograma para conseguir estudar todo o conteúdo a tempo e continuar com suas atividades.

No meu caso, trabalho e ainda estou no 5 ano, então foi difícil!
Estudei aos fins de semana para prestar a primeira fase...
Mas, assim que saiu o resultado da segunda eu não fui mais às aulas (sim, estou com muitas faltas e não posso mais faltar...) e passei a focar nos estudos, já com o cursinho...
Estudei de duas à três horas (seg - sáb), fiz os simulados aos domingos - SIM, simulados são muito importantes! Te dão o ritmo da prova, o que esperar, etc...

 2- CURSINHO
No meu caso foi essencial, eles já dão os macetes, o conteúdo vem mastigado e focado para o exame!
 Eu fiz o CERS (só tem online - por isso é muito importante que você siga o cronograma), adorei!
Na hora da prova eu conseguia lembrar tudo o que ela tinha falado na aula.
Realmente estava tudo na minha cabeça, me ensinou como pesquisar melhor as súmulas e OJs... tudo mesmo!

 3- MATERIAL ***
O material é o seu melhor amigo.
Compre um bom material.
Use e abuse do seu código!!
Faça as marcações, não tenha preguiça.
Use em todas as aulas para que você fique familiarizado.
No meu caso (coloquei algumas fotos a seguir), separei as cores dos post por assunto..
as principais ações tem cores específicas, pois achava-se que cairia RT (não foi o caso),
separei a cor azul para tudo que fosse referente a salário... e por aí vai...
Minha CLT veio com erros de impressão, precisei corrigir, fiz a lápis risquei e coloquei o artigo correto conforme a errata da editora (veja nas fotos).
Além disso, coloquei todas remissões que foram indicadas pela professora.
Nas fotos eu estava apenas começando com os post, ficou muito mais cheio!! hehehe
mas valeu!




Acho que é o mais importante.
Aqui umas fotos das minhas marcações, levei a CLT da aryanna manfredini/ renato saraiva/ rafael tonassi
O livro de súmulas e Ojs por assunto e o Vade Mecum Saraiva (com pouquíssimas remissões, caso não me deixassem usar a CLT - melhor remediar).

 Espero que ajude quem está na terrível fase de prestar a prova!
Calma, dedique-se ao máximo, todo mundo pode passar!!




Muita sorte, estudo, foco!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Acordei e a neblina já batia à minha janela. Coloquei tantos casacos quanto bastassem para espantar o frio. Um café forte e quente. A fumaça parecia me envolver, atormentar. Sufocando lentamente, como quem mata sordidamente, como quem seduz e envolve, sufoca e fascina. Névoa sombria, subindo pelas canelas e rodeando o pescoço. Esmagando, sufocando, matando lentamente.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

E correu. Correu tão longe que nem o vento a via. Correu com todas as forças que o pequeno corpo mantinha. Correu e seguiu seu rumo. Construiu seus sonhos e visualizou um futuro. Quando se deu conta estava longe. Longe da linha de chegada, sequer na mesma estrada, então correu. E na corrida um sorrisou esboçava. O suor escorria frio na pela pálida, mas seguia correndo. Corria e cada vez mais ávida, corria e cada vez mais certa. Nem um minuto olhou pra trás, porque sabia que o que ficou, ficou, nada mais resta. Só o futuro. Correu. E corria ainda. Corria e num instante depois corria e ria. Gargalhava! Corria como se visse a ponte, depois da ponte o pote de ouro, o fim do arco-íris. Corria como se visse o novo mundo, no novo mundoo todos os sonhos que um dia abafou. Corria e sentia o vento como se fosse uma torcida que pedia que corresse ainda, mais e mais. E livre sentia. E feliz sentia. Corria e ria. Corria e vivia.