O antifrágil
–
coisas que se beneficiam com o caos [Nassim Taleb]
Eu
me interessei pelo livro por causa do título, com um mundo tão caótico, eu
pensei que talvez ele me daria dicas de como sobreviver e me beneficiar com
tanta loucura...
Bom,
o livro começa explicando o que seria uma coisa antifrágil. Essa palavra,
Antifrágil, não existe na verdade, mas se você pensar a respeito ela deveria
existir.
Frágil
é uma coisa sensível que pode se romper, quebrar ou ser prejudicada por algum
estresse. Se você chutar uma caixa de copos de vidro, eles vão quebrar, porque
são frágeis.
Muita
gente pensa que o contrário de frágil seria Robusto, uma coisa que não se
quebra. Se você chutar uma caixa de barra de peso, nada muda. O material é
resistente. Mas isso não é um contrário... a barra de pesos é neutra... ela não
muda.
A
antítese, o contrário de frágil é o ANTIFRÁGIL. Se você chutar uma caixa com um
objeto antifrágil ele vai mudar para melhor, é uma coisa que vai ser
beneficiada.
O
autor usa de exemplo a hidra, ser mitológico com várias cabeças. Cada vez que
alguém corta uma cabeça da hidra, duas cabeças nascem no lugar de uma, ou seja,
ela acaba ficando mais forte!
Na
vida, seja a hidra!
Mas
e nós, seres humanos, nós somos antifrágeis?
O
autor escreve que se você vai na academia e força seus músculos, você sente
dores, descansa e seus músculos ficarão mais fortes e você vai aguentar cada
vez mais pesos.
Ou
seja, normalmente, quando há um agente estressor e o tempo apropriado para a
recuperação depois do contato com esse agente, nós nos tornamos mais fortes –
antifrágeis.
Existe
até uma técnica chamada mitridização em que o contato prolongado com pequenas
doses de veneno (nada que vai te matar) acaba tornando o indivíduo imune ao veneno!
Era uma prática usada na Grécia antiga.
O
livro tem muita filosofia, na verdade, o autor traz conceitos de grandes
filósofos para o nosso dia-a-dia. Um desses conceitos é o que ele chama de
estratégia da barra de pesos. Essa estratégia consiste em você se precaver de
um lado (dir.) e do outro lado (esq.) você ir pro tudo ou nada. Por exemplo,
você tem 100 mil reais. Você guarda 85 mil e usa os outros 15 mil para fazer um
investimento arriscado, mas que, caso dê certo, te daria um retorno de 200%. Se
você perder, ainda tem seus 85 mil, se ganhar, vai estar muito mais rico!
Dessa
forma, você minimiza os ricos e adquire antifragilidade.
A
principal ideia do livro é a de toda a vulnerabilidade é boa – sempre tem
alguém que vai ganhar e alguém que vai perder, quem ganha leva tudo. Simples
assim. Como diria Quincas: “Ao vencedor, as batatas”.