segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A porta está aberta para quem se interessar possa e para os mais chegados existe até convite na cx. postal.

Eu sei que as vezes coloco muitas vírgulas separando um grande conteúdo em pequenos detalhes ou apenas confundindo e desafiando o velho português. Acontece que eu acho que as vezes as coisas não são como deveriam ser e textos não deveriam seguir regras. Não devem e as vezes os meus não seguem.

Assim é o meu mundo. Não é possível seguir o fluxo dos acontecimentos quando eles me aborrecem, por isso existem os universos paralelos e é para lá que eu vou quando me convém. Chamam esquecimento, fuga... me chamam lunática, pacífica... Não sei quem está certo, não existe nada disso no meu universo. Permito que alguns convidados entrem ou, por vezes, prefiro estar sozinha... isso não importa. Alguém me compreende, alguém não. Um dia gostam de vir comigo e noutro não, mas retornam quando querem pois há aqueles para quem a porta estará sempre aberta.

Um dia reclusa abri a porta e convidei alguém que demorou a vir. Já longe em meus íntimos devaneios posso ter dito minhas eventuais baboseiras, algumas soaram grosseiras, mas levou semanas para que eu percebesse. Tarde demais já que mais uma vez estava sozinha, a casa vazia embora a porta estivesse aberta.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Um dia

Um dia os mistérios não serão mais do capítulos não lidos de um livro de história da quinta série. O céu não será azul anil ou negro estrelado, será uma cor sem denominação, sem interesse. Chegará o tempo onde não restarão por quês, porque as dúvidas serão apenas deja vus, nada mais. O sino das bicicletas não despertarão interesse, balões no céu, golfinhos no mar, será tudo apenas mais alguma coisa e não A coisa. Quando isso acontecer eu me tornarei poeira e me mudarei para o cosmo e para as lembranças.

sábado, 6 de novembro de 2010

Folhas

Está tudo bem.
Como sempre, eu estou bem.
Falo aquilo que você quer ouvir
Suas perguntas são apenas superficiais.

É difícil dizer o que passa em sua mente
Mas é simples o ques estã no fundo do meu coração.

O vento começou a soprar manso,
talvez seja a mudança da estação
ou talvez, seja só impressão.

Assim como as folhas voam para longe
você voou, muito longe
além das minha esperanças.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

MERGULHADOR

Eu fui até onde ninguém conseguiu
Seguindo seu rastro de sangue e dor.
Fui até as profundezas do oceano,
até onde mais eu poderia te seguir?
eu senti a dor que você sentiu, sofri com você e por você quando você se foi.
Eu estou sempre te perseguindo sem conseguir te alcançar.

Há algumas coisas que até mesmo eu não consegui compreender,
muito embora seja difícil para você, eu vou continuar a te seguir
E se um dia você quiser voltar atrás, se um dia você quiser voltar
Eu estarei ali.

Neste mar profundo o qual você tem se afogado,
eu também sinto a dor de não respirar, de não sorrir.
Me sinto como um mergulhador que não pode voltar a superfície.

Mas enquanto houverem pessoas esperando por mim, torcendo por mim
eu sei que vou conseguir.
E estarei esperando por você.
~~Lo.thalyta





Sobre este texto:

É totalmente baseado na música DIVER - NICO touches the wall
e no Anime do Naruto. Seria, por assim dizer, a minha versão poética da relação Naruto X Sasuke.
(AnimeVicious =] SEMPRE... espero que gostem)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Voz inalcançável

Gelo e Frio.
Assim é o pico da montanha. Assim é minha alma, agora. Poeira e vento.
Leve cristal d´água que cai no chão de neve. Suave, sem sentimento.
Os raios de sol clareiam os pés da montanha, aquecem apenas a parte comum.
Solitária, no cume, vago na imensidão inabitada,
onde o branco ultrapassa todas as fronteiras.
Sem sons, sem respostas, sem sussurros.
É tudo tão triste, tão sólido. É bonito, a beleza exclusiva dos solitários,
a beleza que habita os obituários, incompreensível mas puramente real.









Lo.thalyta~~

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ainda era muito cedo. Os olhos não conseguiam abrir, fosse por falta de coragem ou pelas pálpebras aparentarem estar coladas de remela. O fato é que o despertador, fiel baderneiro, sitiante que tenta sempre acordar antes do galo, o fato é que o despertador estava longe, pelos menos 3 passadas largas de distância e berrava mais que criança quando vê bicho-papão. Certamente um EU inescrupuloso preparou tal ardil na noite anterior, consciente do meu desejo matutino, mas totalmente inconsciente das minhas verdadeiras necessidades. Nessas horas, quando o sol nem nasceu ainda e o despertador insiste em tocar, estando a três metros de distância da nossa mão, descobrimos o quanto podemos nos auto-odiar, eu tive essa sensação hoje, bem cedo!

Tudo isso ainda poderia ser um fato aceitável. Eu estava concentrada em fazer meus ouvidos se acostumarem ao barulho estridente do despertador e voltar a dormir como quem ouve melodias, mas a cada PIII que o danado fazia meu corpo se movimentava involuntariamente como se levasse um choque. Vencida assim, pelo meu EU nada simpático de ontem, levantei aos tropeços, no mais completo escuro, tendo como ponto de referência o 6:00 a.m. que cintilava em neon. Uma vez vencido o “cúmplice” a idéia de voltar para a cama que me acenava como quem diz “aqui você encontrará a paz”, com seus lençóis revirados e o acolchoado quentinho, era algo tentador. Quem sabe se eu só desse mais um deitadinha para me despedir da “rainha dos bons sonhos” não faria mal nenhum. Caminhei, ainda cambaleando, de volta ao meu recanto do aconchego, me envolvi nos seus ardis e lentamente meus olhos foram fechando, se despedindo destes últimos minutos de tormento.

Veio o bocejo, me aninhei quentinha e ao respirar lenta e profundamente senti algo errado. Talvez uma obstrução nasal. Um espirro involuntário e pronto, alguma coisa presa no meu nariz. Será que dormir tranqüilamente é algo realmente impossível? Será que é um desejo que não podemos alcançar? Algum crime talvez? E lá estou eu presa entre a miragem do meu sono suave e a realidade de um tatu, daqueles bem grandes, me incomodando. Não, claro que vencido três metros de distância até o despertador nada poderá me deter agora. Tento pegar esse intruso com o meu indicador, mas não consigo. Tento o mindinho, que vai mais longe, mas ainda assim, está muito bem agregado as minhas paredes nasais. Será possível uma coisa dessas?

Recuso a perder minha tranqüilidade por conta de um tatu. Aperto o nariz, tento puxar com o dedinho, faço meu nariz se movimentar nos 360° e nada! Só vejo uma saída possível, assuar. Levanto de um pulo e corro pro banheiro, quanto menos tempo perdido melhor. Assuo na pia do banheiro, nada de sair o penetra. Assuo de novo, e ainda outra vez e nada. Danado de um tatu que não quer sair. Tento simpatia, pinça, unha, uso papel higiênico e nada. Claro, vou tomar um banho, com o vapor ele amolece e sai, que idéia brilhante.

Entro no banho, a água cai macia na minha pele, molho o cabelo, me demoro passando xampu, o banheiro está todo fechado, a água quente vai fazendo o trabalho e depois de meia hora de um banho bem tomado, num banheiro que poderia ser confundido com uma sauna, mas na verdade é minha última esperança, lá vou eu. Só falta o nariz. Me concentro bem, respiro fundo, prendo a narina que me resta com o dedo e, com toda a minha força, expiro o ar de dentro de mim, expiro até sentir que o último “grãozinho” de ar tenha saído pelo meu nariz, expiro até sentir meu corpo gritar por ar, até me sentir mole e fraca.

Aos poucos me recupero da “operação de resgate” e passo para a parte 2, avaliação dos resultados. Procuro na palma da mão, não está. Vou procurando pelo chão, nas paredes e, na parede do Box, como se estivesse grudado com cola (acho que a pressão foi grande) lá está! O tatu, que mais parece uma jamanta de tão grande, finalmente saiu. Meu nariz é só meu novamente! Aliviada, saio do banho, com a alma renovada. Feliz por ter vencido, volto saltitante para meu quarto, abro a porta e dou de cara com o neon “7:45 a.m”. Ah! Tatu Fi#@.!#Ç~! Meu sonho de dar mais uma dormidinha foi pelo ralo do banheiro junto com meu tatu, “to atrasada”.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Presságio das cerejeiras


Hoje é um novo começo.
Olhando para trás eu vejo, hoje eu vejo que muitas coisas não faziam sentido. Vejo que muitas coisas não foram ditas. Vejo que muitas coisas não foram evitadas. Hoje, e apenas hoje, eu posso ver que muitas, muitas coisas aconteceram, muitas coisas com as quais eu quase não pude conviver, coisas que me fizeram chorar, que por pouco não me fizeram desistir. Coisas acontecem no decorrer de uma vida, não é mesmo?!
Sempre pensei que minha vida era repleta de coisas sem sentido nenhum, até hoje guardo um pouco desse sentimento dentro do meu coração, esse sentimento de caminhar sem lugar para ir, de apenas seguir em frente, apenas sobreviver. Mas, hoje eu pude perceber que apesar de tudo isso, ainda assim, nada é desperdício, nada do que foi vivido é totalmente sem sentido. Hoje eu compreendo que eu sou essa pessoa porque tantas e tantas coisas tolas foram vividas e isso até me faz feliz, perceber isso me faz querer seguir em frente. Mesmo que eu não tenha sentido algum para minha existência, mesmo que eu não tenha um lugar para chamar de meu, mesmo assim, ainda, tantas memórias guardadas no mais profundo íntimo da minha alma me fazem querer seguir em frente, me fazem acreditar que há um sentido para tudo, um sentido para estar vivo. Eu quero acreditar nisso. Assim, acreditando nisso, a partir de hoje, não vou mais chorar, não vou mais sobreviver. A partir de hoje, quero guardar boas memórias, quero olhar para o passado sem tristeza e sem remorso, quero viver.


Sinto um calor escorrer pela maçã do meu rosto, só um lágrima. Abro os olhos. O avião ja está quase vazio, todos saíram correndo, desesperados, talvez para encontrar com seus namorados, seus pais, seus amigos. Eu não tenho ninguém por quem correr. Eu tenho aqueles que me levam, sem perguntar para onde eu quero ir, simplesmente vão me levando por esse longo caminho que eles traçam para mim.
"Para o seu bem", "Nós estamos pensando no melhor para o seu futuro", são coisas que cansam de ouvir. Quando nós mesmos não somos capazes de entender o íntimo do nosso coração fica difícil acreditar que alguém saiba o que é melhor para você, não é mesmo?! As profundezas do ser humano, a mim, lembram o fundo do mar. São cheios de mistérios, tesouros, por mais você tente ir mais e mais fundo, sempre descobrirá que não foi o suficiente, sempre haverá um lugar que não se pode chegar, que não se pode ver o interior. Assim somos nós, seres cheios de profundezas escuras e enigmáticas. Sem saber o que é melhor para mim mesma, vou seguindo o que me dizem para fazer. Eu os sigo porque eles sempre dizem que eu vou ser feliz, quero realmente acreditar nisso. Quando o avião pousa na pista, as pessoas correm retornando para quem os espera, para o lugar ao qual pertencem eu me pergunto para onde eu deveria voltar? Quem iria me esperar?
Acredito que o tempo envelhece as coisas; não só os rostos, mas também os laços. Nossos laços vão ficando velhos e frios, empoeirados, se deixarmos por conta do tempo, sem a manutenção necessária.
Agora vejo o florescer das cerejeiras. Suas folhas são substituídas por flores cor de rosa. Tão bonito. As pessoas que apreciam este florescer parecem assimilar a beleza deste detalhe da natureza e transformá-lo em felicidade. É assim que sinto agora, como se algo promissor esperasse por mim. Nunca senti isto antes.
As risadas que um dia compartilhei com aqueles que não mais estão ao meu lado ainda ecoam no meu coração. Me sinto aquecida por dentro, acho que estava certa quanto ao bom presságio das cerejeiras. Elas me dizem que hoje é um novo começo. Agora que pude entender tantas e tantas coisas, agora posso começar a viver.







~~Lo.thalyta
~imagem pega no google imagens - Sakura (cerejeira)

terça-feira, 20 de julho de 2010

só para constar

Só para constar, Much Much Much friendship.
Aham.
Nada com uma boa festa de aniversário.

Às Duas da manhã

Tudo acontece às duas da manhã. Aparentemente é um horário singular, nem muito tarde nem muito cedo, onde as pessoas sentem seus maiores anseios e medos. Onde se percebem sozinhas e divagam sobre suas existências.
Duas da manhã. Respiro arrastado. Tic no relógio. E muitas, muitas memórias.
Foi em uma dessas inspiradoras duas da manhã de minha vida que eu entendi. A minha verdade. Cheguei a conclusão de que o que os outros entendem não é um problema meu. Eu sempre soube disso, na verdade, mas o que me preocupavam é que se nos permitissimos que cada qual tivesse sua verdade o mundo seria um lugar cheio de meias-verdades... Nas duas da manhã de ontem eu percebi que o mundo não está de cheio de meias-verdades ou meias-mentiras - até porque as meias devem ser deixadas nos pés! -, mas que a VERDADE é que é um conceito intangível. Simplesmente não existe! O que existe são as impressões daquilo que vivemos, um aspecto muito singular do nosso ser, de forma que não pode ser único para todos! A-Ha!
Rufem os tambores, as duas da manhã agora fazem todo o sentido pra mim, jamais duvide de suas divagações "madrugadeiras", sejam causadas pela insônia, bebida, festa do vizinho que não te deixa dormir, não há nada como uma "duas da manhã" bem aproveitada!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

"Nos perderemos entre monstros."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O vírus mental se espalha assombrosamente. Fazem fila na psicanálise. Tão mal preparados para a derrota, pior ainda para a vitória. Eu diria mais, sem preparo para a vida.
O mundo segue seu louco ritmo e as pessoas vão se perdendo pelo caminho, estacionando num drink, num quarto escuro, num vidro de pílulas.
Aqueles que raciocinam sofrem. E aqueles sofrem, só sofrem.

E aqueles que amam, que brincam, que beijam?
Aqueles, vivem num outro mundo. Ou eu que vivo?

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Buscando inspiração no indevido, felicidade no incontável, satisfação no impróprio. Ali estou. Buscando o que não deveria, onde ninguém procuraria, ali estou.
No meio do nada, na margem banhada, no meio da confusão, do engarrafamento.
Uma sogra na casa, uma mão atada, uma pessoa stressada.
Toca o beatles no vinil antigo, empoeirada melodia, empoeirados sonhos.
Desejos mundanos encobertos, filosifias vãs propagadas. Ali estou.
Oh, I beliave in yesterday.

quinta-feira, 25 de março de 2010

O ser humano é desprezivel.
A sociedade é um reflexo da desprezibilidade do ser humano, uma vez que é um nicho de seres despreziveis.
O homem, quando, num momento único de iluminação mental toma conta de sua miserabilidade, no sentido de amenizar o que não consegue transformar, ou ao menos, controlar, se une a outros homens, tão despreziveis e subalternos quanto, para assim, se justificar e acalmar sua própria consciência.
A sociedade é corrompida. Não há que se falar em salvação. A ciência, a religião, a política, a arte, a educação, tudo foi criado pelo ser desprezivel, talvez com o intuito de se modificar, mas, infelizmente estas áreas, assim como todas as outras áreas de desenvolvimento social estão, hoje, corrompidas pelos mais variados adjetivos de baixo escalão. O que o ser medíocre constrói e cultua não vai se transformar em arte sacra.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Sentido

Quantas pessoas passam uma existência buscando o sentido da vida, o por quê, o objetivo. Cada vez mais pessoas vivem uma vida vazia, onde a familia, a profissao, nada faz sentido. São casamentos que se perdem no decorrer dos dias vividos juntos, pais que não conhecem seus filhos, a busca pelo sentido de viver é tão intensa que as pessoas muitas vezes acabam se esquecendo de viver.
O mundo se transforma em uma onda de horror, onde o respeito se perdeu a muito tempo, onde não há liberdade dentro da própria casa. Assaltantes, traficantes, mendigos, psicopatas e pessoas vazias dividem o mesmo espaço, conflitando entre si, puro choque de convicções, de educação. Os pais mandam seus filhos para serem educados pela escola, que por sua vez não consegue, se quer, ensinar a gramática de forma satisfatória.
A vida se transformou num palco de incertezas, a lei do mais forte tem prevalecido, os poucos que se rebelam acabam sentenciados ao silêncio eterno. Nós estamos vivendo no meio deste caos, sem ao menos perceber para onde estamos indo e onde queremos chegar. Eu me sinto perdido. Eu me sinto vazio, mas também me sinto cheio, muitas vezes, de revolta, de tristeza e medo.
Sem sentido seguem todos para um rumo desconhecido, esperando que uma luz no fim do túnel nos esclareça as coisas que não podem ser compreendidas. Dúvidas que vão além da educação, além de religiões e preferências. Dúvidas que cercam a todos, mesmo quando alguns não se dão conta. Dúvidas que desesperam aqueles mais intelectualizados. Dúvidas apenas.
Essa vida é cômoda, por isso muitos não percebem a falta de sentido. É fácil seguir calado, levando um dia após o outro numa monótona rotina, mas para aqueles que buscam algo mais, aqueles que sabem que a felicidade verdadeira esta além, esses terão de sofrer a longa busca. Alguns a encontrarão logo, outros demorarão uma existência inteira. Em que grupo nos encaixamos?