terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Roubo

Roubaram minha aventura. Meus risos, meus sussurros, meus instintos.
Roubaram a essência rara, a vida.
Roubaram por puro capricho, inveja, vaidade,
um roubo. Sem por quê, sem sentido, sem piedade.
Foram os mesmos de antes, que retornam a casa e
mais uma vez a deixam sem vida.
Levaram de mim o que nao me pertencia,
o que não pertencia a ninguém.
Roubaram um sorriso, uma lembrança. A Esperança.
Me ensinam o que é a tristeza.
Pras perguntas que ficaram, respostas vazias.
Roubaram.
Meu raciocínio, minha voz, meu tempo, seu tempo.
E até mesmo a saudade.
Sem piedade, limparam minha casa, que agora é vazia.
Roubaram você também; de mim, de nós.
Um mundo sem vida, um espaço, um buraco, um vazio.
Um roubo.
Invadiram minha casa e minha alma, levaram minhas figurinhas
minha privacidade
Até mesmo minhas idéias estão sendo levadas, minha presença,
minhas crenças, minha lágrima.
Um simples roubo e me resta um corpo sem vida.
Me roubaram de mim.

[Lo.Thalyta]
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